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O protagonismo, como ferramenta para educar no mundo digital

  • Foto do escritor: Rede Oiti
    Rede Oiti
  • 7 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura


Foto: Shutterstock
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Há poucas décadas atrás, um dos maiores desafios que tínhamos enquanto sociedade era a democratização do acesso à informação por meio da internet. Nesse período, os telecentros, as lan houses e as bibliotecas se tornaram importantes centros de acesso à rede e, aos poucos, fomos adotando e incorporando a internet como peça fundamental em nossas vidas.


Esse período de adaptação e preparação acontece com cada nova tecnologia que é desenvolvida e amplamente disponibilizada, a diferença é a velocidade com a qual cada uma delas altera a dinâmica de estruturas importantes da sociedade. Estamos vivendo em um cenário profundamente impactado por novas tecnologias digitais como inteligência artificial, robótica avançada, internet das coisas (IoT), entre outras, e todas elas são meios fundamentais para gerarmos e consumirmos mais conhecimento.


Diante desse período de transição pelo qual estamos passando, um dos principais desafios é preparar pessoas com as competências necessárias para abraçar as oportunidades que emergem e evitar a ampliação de desigualdades. A busca por talentos e o gap de habilidades é uma realidade que tem urgência em ser endereçada. Uma pesquisa do IDC aponta que a América Latina terá uma escassez de mais de 550.000 profissionais de TI em 2019, especialmente nessas novas tecnologias e temos ainda um longo caminho para transformação digital de governos e outros setores.

Neste processo de adaptação, precisamos refletir sobre a formação dentro das redes de ensino. Um bom exercício é observar as competências que apresenta o jovem que se forma no ensino médio. O quão preparado ele está para ser protagonista da sua vida? Está pronto para ingressar no ensino superior? Inserir-se no mundo do trabalho? Adaptar-se bem às mudanças? Tem atitude colaborativa? Tem afinidade com tecnologia e a considera como meio de atingir seus objetivos?


A combinação de um currículo que dialoga com oportunidades reais de carreiras que já reflitam o impacto das tecnologias, formação de professores e experiências no mundo do trabalho, endereça de forma sistêmica uma alternativa para a solução do desafio de formação na era digital nos curto e médio prazos. É necessário convergir esforços e apoiarmos o papel protagonista da educação para que possamos responder às demandas do século XXI, incluindo o desenvolvimento de competências socioemocionais, visão e comportamento empreendedor, despertando interesse e desenvolvendo habilidades em tecnologia.


Em um estudo do Bando Mundial de 2018, o capital humano de um país é apontado como a nova riqueza das nações. Políticas públicas que encaminhem alternativas são chave, mas o engajamento de empresas e envolvimento da sociedade civil também são fundamentais. Apenas uma coalizão entre todos os atores da sociedade poderá promover maior equidade de oportunidades e de mudança social por meio da educação no século XXI para todos.


Fonte: *Juliana Nobre é gerente de Cidadania Corporativa da IBM


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