3 ESTRATÉGIAS PARA EXPANDIR O NEGÓCIO FAMILIAR, MESMO EM TEMPOS DE CRISE
- Rede Oiti
- 3 de out. de 2019
- 4 min de leitura

Investir em profissionalização, buscar os melhores parceiros e saber a hora de investir em franquias são algumas recomendações de executivos e empresários presente a evento da
Fazer alianças com parceiros fortes em novas tecnologias foi a tática da Tovani Benzaquen Ingredientes para expandir a atuação da empresa. Apostar no franchising fez toda a diferença para o crescimento da MoveEdu, especialista em educação profissional. E a Santa Massa não teria a força que tem hoje se não tivesse profissionalizado a sua gestão.
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Representantes das três empresas estiveram presentes ao 4º Fórum Anual de Governança e Gestão da Fundação Dom Cabral, no Campus Aloysio Faria, em Nova Lima (MG), na última segunda-feira (30/09).
Participaram do painel "Estratégias de Crescimento" Moses Benzaquen Sicsu e Elzo Tovani Benzaquen, respectivamente presidente e gerente de novos negócios da Tovani Benzaquen Ingredientes. Rogério Gabriel, fundador e presidente da MoveEdu, e Cesar Alexandre Pereira, diretor comercial da Santa Massa. O que eles têm em comum? Além de paixão pelo próprio negócio, suas empresas familiares adotaram iniciativas eficientes para inovar e crescer nos últimos anos. Todas empresas fazem parte do programa PAEX – Parceira para a Excelência da FDC.
Confira abaixo as estratégias de cada negócio para crescer.
1. Alie-se a outras empresas
Segundo Moses Benzaquen Sicsu, fundador e presidente da Tovani Benzaquen Ingredientes, a empresa - que fornece ingredientes para as indústrias de alimentação, beleza e saúde - tem investido cada vez mais em inovação.
“Há quatro anos, 15% dos nossos projetos eram de inovação. Hoje, o número chega a 40%. Com isso, dobramos o Ebitda da empresa”, diz. Há dois anos, a empresa começou a ser abordada por gigantes da área de outros países.
Um ano depois, anunciou a joint-venture com o grupo Barentz, da Holanda. Em 2017, eles contavam com um portfólio de 800 produtos - no ano passado, o número chegou a 3 mil. Mas, segundo ele, foi a tecnologia do parceiro que fez a diferença na tomada de decisão.
Outro caminho para crescer foi a aquisição de uma empresa no segmento de personal care, a Chemspecs, em julho deste ano. "Era o pilar que faltava para o crescimento da companhia”, afirma.
Segundo Elzo Tovani Benzaquen, filho do fundador e gerente de novos negócios da Tovani, as decisões sempre foram compartilhadas em família. “Crescimento é risco. Ninguém deveria tomar uma decisão sozinho”, afirma.
Hoje, Elzo está à frente de um projeto que pode mudar o futuro da alimentação: uma nova fonte de proteína vegetal, totalmente natural dos pântanos, a lentilha d'água. “É preciso entender quando você está diante de um momento crucial e seguir adiante.”
2. Invista no modelo do franchising
Crescer de forma contínua, ao mesmo tempo em que transforma vidas, é a missão de Rogério Gabriel, fundador e presidente da MoveEdu, holding que reúne diversas escolas de educação. “O franchising une pessoas que compartilham sonhos. Mas é preciso que os dois lados saiam felizes nessa parceria”, afirma o empreendedor.
Na hora de adotar o modelo de franquias, é importante montar uma rede de operação com consultores de campo, que vão acompanhar os franqueados de perto. É fundamental manter o mesmo padrão de qualidade em todas as unidades: por usar uma metodologia digital personalizada, ficou mais fácil para a MoveEdu garantir a jornada do aluno do começo ao fim.
Em 2017, a empresa comprou três marcas da Pearson (Microlins, SOS e People) e dobrou de tamanho. “Fizemos a aquisição com recursos próprios. Na época, ouvimos que a diferença de culturas era um risco. Mas, nessa junção das marcas, as pessoas fizeram toda a diferença.”
Uma integração bem feita é imprescindível para ter sinergia. Hoje, a holding tem mais de 1.200 franquias e quase meio milhão de alunos.
3. Profissionalize a empresa
Cesar Alexandre Pereira, diretor comercial da Santa Massa, nunca teve medo de errar. A empresa, que começou como uma padaria comandada por seus pais em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), em 1968, passou por uma mudança importante em 2010, quando passou a investir na produção de pães de alho, especialidade da casa. Com um empréstimo de R$ 1 milhão, eles inauguraram a primeira fábrica.
"Compramos máquinas semi automatizadas, investimos em inovação e conseguimos dar um salto no mercado", conta Pereira. Para ele, tanto a embalagem quanto o modelo de distribuição foram essenciais para conseguir o posicionamento de produto premium.
Ao assumir a produção, a empresa sentiu necessidade de uma consultoria externa. Com a ajuda da PKT Desenvolvimento Empresarial e da Fundação Dom Cabral, a empresa foi profissionalizada. Hoje, a Santa Massa fatura R$ 250 milhões ao ano, tem 420 colaboradores, está presente em 22 estados e produz mais 25 mil pães hora. Há um ano e meio, o programa de internacionalização da marca teve início, com foco no Paraguai.
O evento segue até amanhã (1/10) - entre os palestrantes, estão o navegador e escritor Amyr Klink, Ana Paula Assis, presidente da IBM América Latina, e Rafael Menin, Diretor Presidente da MRV
Fundação Dom Cabral
01.10.2019|Por Camila Lam
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